Color, couleur, colore, farbe, väri, ʻike - todos sinônimos de uma mesma sensação. A COR.
Como definir cor?
Substantivo que aceita uma lista interminável de adjetivos - claro, escuro, pálido, intendo - mas a cor seria apenas a impressão luminosa que chega ao nosso cérebro por meio dos nossos olhos, como prega o dicionário?
Tecnicamente sim, uma cor, qualquer que seja ela, refere-se à sensação consciente de uma pessoa estimulada pela luz - ou seja, uma produção cerebral.
Seria isso? Ou melhor, seria apenas isso?
Assim como outros autores, vou além desta definição e quero que você atravesse comigo essa fronteira e veja a cor como um elemento de transmissão de ideias, que nos permite entender o mundo a partir de um outro ponto de vista e nos relacionar com todas as possibilidades sensoriais que ele nos permite.
Geralmente a visão é o primeiro sentido impactado por um objeto ou um ser. Antes de sentir o aroma, o toque ou o sabor, sempre tem algo que vem primeiro, que chama a nossa atenção para um ou outro objeto, e esse algo é a cor. Tanto é verdade que estatisticamente sabemos que 93 % das nossas compras são decididas pela cor dos produtos. 93%. Vou reforçar sempre isso!
O fato de uma cor chamar mais a atenção do que outra, se eu “gosto” ou não de azul e você de verde, não é por acaso. É sim devido às experiências de vida de cada um, que associam as cores à situações vividas e enraizadas em seu inconsciente .
Uma pesquisa realizada na Alemanha pela pesquisadora Eva Heller indicou o azul é a cor mais queridinha das pessoas - o que vem da associação psicológica entre a cor, o céu, e a nossa essência divina. Na outra ponta, a pesquisa indica que marrom e dourado são as menos apreciadas, muito disso devido ao aspecto antiquado do marrom e às crenças limitantes tão presentes nas pessoas, que transmite a ideia de não merecimento da riqueza, que está diretamente ligada ao dourado.
A cor é uma necessidade que está relacionada aos nossos sentimentos e à cultura na qual crescemos e estamos expostos, além de particularidades fisiológicas, como o fato das mulheres processarem as cores de maneira diferente, tendo mais facilidade em distinguir diferenças sutis entre as tonalidades, como mostra a imagem abaixo.
Depois de navegarmos juntos em todos esses temas – básicos para que possamos discutir as cores em nossas vidas – na próxima semana iremos iniciar a nossa jornada! Espero você!
*texto originalmente publicado na minha coluna Nau de Cores, do Blog4Hands.
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