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As cores do Natal

Foto do escritor: Stela Branding Stela Branding

Os primeiros indícios da comemoração da festa cristã foram registrados no final do século IV, em Roma. Antes disso, haviam grandes festivais pagãos de inverno - como a Saturnália e o aniversário do Siol Invicto - Dies Natalis Solis Invicti – festas mais populares do ano e que ocorriam em comemoração pelo do ano agrário e religioso, e pelo início de outro novo.


Estudiosos afirmam que no século IV a Igreja fixou a comemoração do nascimento de Cristo no mesmo dia do Solstício de Inverno com a intenção de suplantar os antigos festivais e ao mesmo tempo não entrar com conflito com tradições milenares. Comemorar o solstício não era nenhuma novidade, pois a data sempre foi simbolicamente associada a nascimento e renascimento.

Este resumo histórico é fundamental para entendermos por que a comemoração tem cores próprias e tão marcadas em nossas mentes, que se virmos vermelho e verde juntos – em qualquer época do ano – automaticamente seremos transportados para o mês de dezembro.

Quatro cores são mais características dessa época do ano:

Vermelho – Verde – Dourado – Branco

O vermelho é a cor simbólica de todas as atividades que exigem mais paixão do que compreensão. Por isso ela representa o amor e a alegria de transparece quando o amor é compartilhado. Esta é considerada a cor mais importantes do Natal, relacionada ao amor incondicional de Cristo por toda a Humanidade. Por este fato ele também está na cor da roupa do Papai Noel, o ser mágico que ama as crianças incondicionalmente.


O vermelho transmite calor, afasta os sentimentos de solidão e de depressão. É uma cor ativadora, transmite ânimo às pessoas cansadas, desanimadas e anêmicas – o que imagino, devia ser uma constante entre os povos no início da Era Cristã, devido à neve, ao isolamento e ao sistema político e econômico impostos pelos Romanos.

O vermelho intenso pode ser uma cor muito irritante. Já o verde, sua cor complementar (que está oposta a ela no círculo cromático) é calmante, corretiva e curativa, ou seja, perfeita para harmonizar o vermelho e trazer um sentimento de aconchego.


O verde é originado pela mistura do azul (que age diretamente na mente, trazendo a calma) e o amarelo (que age no corpo, chamando para a ação), por isso sua vibração melhora qualquer estado físico negativo, e cura o corpo e a mente.

Na antiguidade as pessoas levavam ramos de pinheiro, azevinho e hera para dentro das casas durante o inverno. Estas plantas mantêm as suas folhas durante o ano todo e era uma maneira de lembrar a todos que o inverno não duraria para sempre. Dessa forma, o verde é uma maneira de renovar a esperança de que dias melhores estão a caminho.


O dourado representa o sol e a presença do divino, além de representar a generosidade – ligada tanto ao ato de presentear, quanto ao de dividir. Na simbologia natalina ela nos remete à estrela de Belém, que guiou os Reis Magos até o cenário do nascimento do menino Jesus e aos presentes que estes ofereceram à criança, representando todas as dádivas que recebemos do Universo.


Em um primeiro momento, o branco nos lembra da neve – tão presente na Europa e no Oriente Médio no fim do ano. Como diz a música de Bing Crosby,

“I'm dreaming of a white Christmas Just like the ones I used to know”

Bing Crosby – White Christmas (1942) Original Version

E quem de nós nunca sonhou com um Natal nevado? Muitas pessoas acreditam que a cor esteja presente nos rituais natalinos por conta da neve. Mas a cor está presente não só por ela.


Ritualmente, o branco está associado à pureza e a inocência, simbolizando o renascimento. Por ser a origem de todas as cores, ele também representa o início de tudo e a união. Para os cristãos, é a alegria do Cristo vivo.


Depois dessa breve explicação tenho certeza de que você não olhará mais para a sua árvore de natal com os mesmos olhos!


*texto originalmente publicado na minha coluna Nau de Cores, do Blog4Hands.


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